segunda-feira, 1 de abril de 2024

Sugestões de Leitura - Abril

Tema: Liberdade – 50 anos de abril

Pré-escolar/1º Ciclo


Título: Rua 25 de Abril
Autor: Ana Faro
Ilustradora: Dulce Nunes
Editora: Alfarroba
Ano: 2024

Sinopse: Para assinalar o 50.º aniversário da revolução do 25 de Abril de 1974, a Alfarroba publica o livro Rua 25 de Abril, com texto de Ana Faro e ilustrações de Dulce Nunes, para que possamos de mão dada percorrer a calçada desta rua, abrir as janelas, entrar nas casas e celebrar em uníssono o que nos une, a liberdade de sermos quem somos.

Para espreitar o livro clica no link:
fd1b65ec1a8fe358084a4eb1b449a8aa.pdf (alfarroba.com.pt)


Público em geral


Título: Revolução
Autor: Hugo Gonçalves
Editora: Companhia das letras
Ano: 2023

Sinopse: Um disparo perfura a noite na serra de Sintra, durante um jantar da família Storm, e a matriarca sabe que perdeu um dos três filhos.
O epicentro do colapso tem origem muitos anos antes, entre o fim da ditadura e os primeiros tempos da revolução. Maria Luísa, a filha mais velha, opositora clandestina do regime, é perseguida pela PIDE. Frederico, o filho mais novo, está obcecado em perder a virgindade antes de ser mobilizado para a guerra colonial. E Pureza, a filha do meio, vê os seus sonhos de uma perfeita família tradicional despedaçados pelo processo revolucionário em curso.
Revolução acompanha a família Storm, do desmoronar do império ao despertar da democracia, ao longo dos rocambolescos, violentos e excessivos meses do PREC, quando a esperança e o medo dividem os portugueses e muitos acreditam que o país está a um triz da guerra civil.
Um romance tragicómico sobre a liberdade e as relações familiares, num período único de transformação, na História de Portugal, em que o caráter e o radicalismo medem forças, separando os filhos dos pais, colocando irmãos em lados opostos da barricada, criando terroristas fanáticos e heróis improváveis.

Crítica literária: «Ficamos com a sensação de que estamos perante um grande romance. Hugo Gonçalves traz-nos o inesperado e esse foi um dos grandes prazeres que retirámos desta leitura. Quem espera encontrar aqui uma distorção da realidade, como em Deus, Pátria, Família, uma distopia como O Coração dos Homens ou um terno legado de O Filho da Mãe, é surpreendido pelo rendilhado minucioso da história da revolução de 25 de abril de 1974 e das suas consequências numa família. A irmã revolucionária, o irmão boémio, a outra irmã, conservadora, representam bem os arquétipos sociais da época. O clima de tensão, de expectativa, que se viveu naqueles anos, associa-se ao de uma família em tumulto. Muitas vezes íamos consultar a Internet para saber se aqueles acontecimentos se tinham mesmo dado daquela maneira, se todo aquele clima de pré-guerra civil era real. Descobrir o nosso tempo recente, enquanto país, é conhecermos melhor o universo dos nossos pais e avós. Um livro família, onde não falta Deus a pairar sobre os desígnios da pátria.»

Por Álvaro Curia/ Ludgero Cardodo
@literacidades